A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, mais conhecida como Cavaleiros Templários, foi estabelecida por Hugo de Payens após a Primeira Cruzada, em 1118. Com o apoio de outros 8 cavaleiros, incluindo André de Montbard, tio de Bernardo de Claraval, e o rei Balduíno II de Jerusalém, eles foram acolhidos em uma das esplanadas do Templo de Salomão. A partir daí, eles se tornaram os Pobres Cavaleiros de Cristo, mas por terem se instalado no monte do Templo, ficaram conhecidos como Ordem do Templo, e seus membros eram chamados de Templários. A missão central da Ordem era proteger os peregrinos que viajavam para Jerusalém, especialmente no trajeto de Jafa a Cesareia, enfrentando ameaças de ladrões e ataques muçulmanos.
Em 1127, Hugo de Payens e outros 5 cavaleiros viajaram para Roma buscando o reconhecimento oficial da Ordem. Nessa visita, conseguiram o reconhecimento e o apoio do influente Bernardo de Claraval no Concílio de Troyes, em 13 de janeiro de 1129. Através da bula papal Omne datum optimum, emitida em 29 de março de 1139 pelo papa Inocêncio II, a Ordem foi oficialmente reconhecida pelo Papado, obtendo privilégios, como a comunicação direta com o papa e a construção de oratórios próprios para sepultamento.
Os Templários prosperaram como uma das instituições de caridade mais renomadas da Cristandade, crescendo em número de membros e influência. Eles se destacaram como força de combate nas Cruzadas e desenvolveram inovações financeiras que prefiguravam sistemas bancários modernos. Construíram fortificações em toda a Europa e Terra Santa.
Em 14 de outubro de 1229, o papa Gregório IX emitiu a bula Ipsa nos cogit pietas, isentando os templários de pagar o dízimo para as despesas da Terra Santa, reconhecendo seus esforços na guerra contra os infiéis.
Uma descrição contemporânea dos templários os retratava como “leões de guerra e cordeiros no lar; cavaleiros ferozes no campo de batalha e monges devotos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, gentis com Seus amigos”.
Os templários levavam uma vida austera e não hesitavam em sacrificar-se para proteger os peregrinos cristãos na Terra Santa. Embora não fossem numerosos, cerca de 400 cavaleiros no auge da Ordem, ganharam fama como formidáveis oponentes dos muçulmanos. Mesmo quando capturados, rejeitavam a liberdade em troca de renunciar à fé, permanecendo leais à sua crença cristã.